Imóveis, ouro e bitcoins são os investimentos mais seguros durante a crise econômica que está por vir, diz Salim Ismail
Em entrevista à InfoMoney, o empresário deu previsões sobre a economia mundial, apontou saídas e falou em mudanças pós-pandemia.
O empresário Salim Ismail pode ser considerado uma das vozes mais reconhecidas no mundo quando o assunto é inovação, tecnologia e análise de mercado. Autor do best-seller Organizações Exponenciais (2014, publicado no Brasil pela Alta Books) e um dos fundadores da Singularity University, o estrategista já ofereceu consultorias a nomes de peso, líderes de grandes corporações e até mesmo líderes políticos.
Conhecido por analisar estrategicamente os mercados mundiais e prever tendências, o guru dos negócios, em entrevista recente à InfoMoney, falou sobre seus prognósticos para os próximos anos e sobre o impacto da pandemia de coronavírus na economia dos países.
Crise econômica
Segundo o empresário, a pandemia pode ser responsável por um colapso na economia global. Para ele, a escolha de governos em imprimir moeda continuamente, desde 2008, pode ocasionar deflação, ou seja, o excesso de moeda no mercado, fazendo com que nosso dinheiro passe a valer menos.
Infelizmente, suas previsões não são otimistas. Na entrevista, Ismail declara que há uma bolha no mercado e que, dentro de seis a oito meses, ocorrerá um grande colapso no mercado de ações.
Investimentos seguros
Neste cenário de instabilidade e insegurança, as pessoas estão procurando formas de investimento para não manter o dinheiro em capital e evitar perdas. Segundo o empresário, os ativos mais seguros no momento são imóveis, ouro e bitcoins, e acrescenta: “O investidor precisa migrar seu dinheiro para ativos, porque esses ativos manterão muito mais seu valor do que outros investimentos. Além disso, são uma proteção interessante contra a inflação”.
Um novo caminho a seguir?
Para Ismail, durante a pandemia, o ambiente digital avançou dez anos e os processos analógicos retrocederam dez, o que gerou uma união entre o uso de ferramentas digitais (para trabalhar, estudar, etc.) e o aumento no consumo de bens em comércios locais.
Segundo ele, a pandemia proporcionou maior contato entre o indivíduo e as pessoas que o cercam, além de apontar mudanças na forma como lidamos com situações e um possível novo caminho para a humanidade.
Veja um trecho da entrevista em vídeo (em inglês) aqui.